Apesar da ancestral tradição que a pastorícia tem em Portugal e da importância que assume nos territórios de montanha, tem se verificado uma redução no efetivo pecuário e no número de pastores ao longo dos tempos. A renovação geracional é residual e existem poucos jovens empreendedores que pretendam desenvolver a sua atividade profissional neste ramo, colocando em causa a sua sustentabilidade. O presente estudo tem como objetivo efetuar um diagnóstico à atividade pastoril em Portugal, identificando constrangimentos e potenciais estratégias de valorização, através da aplicação de metodologias participativas em seis territórios de montanha do país. Os resultados mostram que a desvalorização da atividade está muito relacionada com a perda de rentabilidade da pastorícia, com a ostracização social que existe relativamente aos pastores e com a falta de políticas de apoio que promovam a sustentabilidade da atividade pastoril e dos territórios de montanha.
Palavras chave: pastoreio; tradição; estratégias; valorização.
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