Luanda- O especialista da Unesco, Júlio Rego, afirmou hoje, segunda-feira, em Luanda, que a participação das comunidades é de extrema importância para se inventariar todo o património imaterial nacional, pelo facto de pertencer a comunidade. Júlio Rego fez este pronunciamento à imprensa à margem da abertura do 1º workshop sobre a Salvaguarda do Património Imaterial, que se realiza sob o lema “O reforço das capacidades nacionais para salvaguarda do património cultural imaterial na África lusófona”. Segundo o técnico, a Convenção da Unesco de 2003 põe a questão da comunidade no centro das atenções para a preservação e a salvaguarda do património, pelo facto de o património pertencer as comunidades, aos seus actores. “O processo de consciencialização e compreensão de como salvaguardar o seu património imaterial vai passar pelas comunidades, já que é que tem interesse em salvaguardar a sua riqueza, a sua cultura, os seus usos e costumes”, adiantou. Para o interlocutor, o trabalho que vai ser realizado para a salvaguarda do património imaterial é complexo, devido ao facto de cada povo ter as suas práticas culturas e muitas vezes não terem noção que algo que pratica todos os dias faz parte do seu património imaterial. Por sua vez, a directora do Instituto Nacional do Património Cultural, Maria da Piedade de Jesus, reforçou que a instituição vai continuar apostar na formação dos técnicos para poder fazer um trabalho de recolha e registo do património imaterial das várias regiões do país. Explicou que o objectivo da formação é munir os técnicos com as ferramentas necessárias e servirem de formadores nas províncias onde vão trabalhar com as comunidades. “É importante que, primeiro, o usuário desse património reconheça o valor do seu património, para que possa proteger e dar o devido valor ao mesmo tempo. O país é rico em termos do património imaterial, mas é pouco conhecido, com esse trabalho é dar o devido valor e divulgação do património de todas as regiões do país”, finalizou.
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